'Tinha de Salvar o Meu Povo'

 
    Era 3 de abril de 1941; segunda guerra mundial.
    Guerra Mundial... ainda hoje me pergunto o seu significado. Passados 73 anos.
    Tantas mortes. Tanto sangue. Choro. Aflição.
    Tinha 15 anos. Tentava, a todo o custo, proteger a minha família dos ataques violentos dos militares. Bombas. Espingardas. Injustiça. 
    O inferno tinha chegado à terra.
    Maldito Hitler... Foi ele que começou tudo isto. A sua sede de poder destrui vidas; países inteiros.
    Nunca me esquecerei daquele dia. Daquele triste dia. Do dia em que liguei a rádio na estação mais popular da altura: Rádio Difusão Portuguesa. Havia começado uma guerra na Polónia, liderada pelo exército Alemão - e por Hitler.
    Não passado muito tempo, a Guerra começou a alastrar-se por outros países. França. Inglaterra. Itália. Ucrânia. Noruega. África.
     E chegou a nós - chegou a mim. À minha própria família.
     Assim, aos 15 anos, via a minha vida completamente destruída. O mundo a desmoronar-se a meus pés.
    E fiquei com a maior responsabilidade que alguma vez alguém pode ter: proteger a sua família da morte. Proteger-se a si próprio da morte.
    E, dessa maneira, entrei para a guerra. Aos 15 invernos...
    Deixei Rudy, um grande amigo meu, a cuidar da minha família. E parti, deixando a promessa que voltaria vivo para os abraçar.
 
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    Os treinos eram duros. Nunca pensei sofrer tanto - e estava apenas nos treinos; nos ensaios.
    Quando chegou o dia de combater a sério, de enfrentar os meus inimigos, receei. Poderia morrer, ali, no campo de batalha. E tinha uma vida fantástica pela frente.
    Até que pensei na minha família; no meu povo; no meu país. Era por eles que estava ali.
    E avancei.
    Durante meses; durante vários anos; a minha vida era apenas feita de medo. Medo de morrer. Medo de tanto sangue. Medo de tantas mortes.
    Cresci na Guerra.
 
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    Finalmente, a guerra tinha acabado. Que Deus me perdoe, mas... benditas Bombas Atómicas.
    Bombas Atómicas... Ora aqui está outra coisa que nunca compreenderei. O cúmulo da contradição. Tantas mais mortes causaram. Mas tantas outras vidas salvaram...
    E, passados 4 anos, voltava a minha casa. Para a minha família. E para a minha vida.
    Mas algo (ainda mais) trágico me esperava...
    Cheguei a casa, pronto a abraçar as mulheres mais importantes da minha vida: a minha mãe, e a minha irmãzinha mais nova.
    - Uhum... Peter... - chamou-me Rudy.
    - Oh, Rudy... Finalmente! Acabou! Tudo acabou!!! - e dei-lhe um forte aperto. - Mas, se não te importas, agora vou ver a minha família.
    - Peter... Não, não vais. Elas... morreram. Foi o Hitler. Com as suas tropas. Elas não resistiram, nem aos ataques, nem à pressão... Desculpa! A culpa foi toda minha!
    Fiquei pasmo. Porquê? Porquê eu; porquê a minha própria família?
    Desde então, tenho sede de vingança. Mas como? Nada trará a minha família de volta...
 
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    E deste, gostaram? Mais um texto meu :)
    Este é sobre a 2ª grande Guerra Mundial, que, infelizmente, tantas vidas levou.
    Deixem a vossa opinião sobre esta história nos comentários, adoro ler o que vocês escrevem para mim
    Beijinhos, B♥

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